terça-feira, 31 de maio de 2011

We Were Free!


Sou Soldado do meu sofrimento,

Vivo exilado no sonho,

Mas, não sou sonhador.

Apenas imagino coisas.

Imagino-me num unicórnio supersónico.

Sigo-te pelo mais íngreme estorvo,

Deixas-te possuir.

Fazes-me guerreiro!

Combato o vazio,

Enfrento as lágrimas.

Bebo-as!

E choro de novo!

Fazes-me vencedor.

Vivo apaixonadamente as minhas falhas,

Sigo melancolicamente as minhas conquistas,

Temo ferverosamente o desconhecido,

Abraço nostalgicamente o extraordinário.

Deixas-te conquistar!

Fazes-me a minha própria energia gravitacional,

Apoio sobre mim o sol e a lua,

Faço-te voar.

Sou livre!

Deixo-te pensar em mim,

Deixo-te fruir-me,

Deixo-te delimitar-me!

Mas, só sou eu…

Uma alma musculada subordinada a um corpo frágil!

Um marginal poético,

Saciado de perigo,

Esfaimado pela busca.

A busca da perfeição.

A perfeição metafórica do Eu,

A perfeição metafórica do Nós!


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